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Semana do Meio Ambiente 2021 do TRF1   

Depois da pausa, o recomeço    

Silvânia Rodrigues  e Ivani Morais  

Maio 2021

 |   Ed.

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Semana do Meio Ambiente 2021 do TRF1   

O mês de junho é tradicionalmente o mês para se evidenciar a importância da preservação dos recursos naturais, visto que é no dia 5 de junho que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, instituído em 1972 pela Organização das Nações Unidas (ONU). A data é considerada um marco para chamar a atenção de toda a população mundial para os problemas ambientais que assolam o planeta.  Em 2020 e 2021, o dia foi marcado por mobilização global e sensibilização pública relacionada ao desequilíbrio ambiental que supostamente pode estar ligado ao aparecimento de várias doenças zoonóticas, entre elas a Covid-19, doença que modificou a vida da humanidade bruscamente.


O mundo parou e, de um dia para outro, a vida deixou de ser o que era. A pandemia da COVID-19 causou alterações no modo de vida e funcionamento da sociedade pelas várias medidas adotadas como tentativa de conter a disseminação do vírus, como distanciamento, isolamento social e a quarentena.


Agora, com as novas perspectivas que se avizinham com a chegada da vacina, a humanidade vê-se diante da possibilidade de fazer uma retomada de vida de forma mais consciente e refletida, principalmente pensando em atitudes e comportamentos individuais que refletem no bem-estar coletivo e, consequentemente, no futuro das próximas gerações e na resolução das questões ambientais.


Por ora, a esperança para que o mundo volte ao normal reside na vacinação. Em alguns países como a China, cerca de 622 milhões de pessoas já foram imunizados ou tomaram a primeira dose da vacina, de acordo os dados publicados pelo Ministério da Saúde até dia 4 de julho de 2021. No Brasil, segundo o site atualizado também em 4 de julho, mais de 143 milhões de dose já foram distribuídas. O País ocupa atualmente o quarto lugar no Ranking mundial de vacinação contra a Covid-19, com 77,63 milhões de pessoas imunizadas ou que já tomou a primeira dose, abaixo dos Estados Unidos com 182,11 milhões e a Índia com 282,23 milhões.


COVID-19 e a relação com Meio Ambiente

As mudanças climáticas, o aquecimento global e a destruição da natureza podem ser os grandes aliados no surgimento dos vírus zoonóticos, alerta o médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de infectologia (SBI) Julival Ribeiro, segundo o qual a ação humana pode sim estar interferindo na disseminação das doenças já que as zoonoses são transmitidas entre animais e seres humanos. “Os vírus e outros microrganismos vivem na natureza. Quando destruímos a natureza, alteramos o espaço vital desses microrganismos. Ao alterarmos seu habitat natural, eles buscam alternativas para continuarem existindo”.


De acordo como o especialista, o transbordamento zoonótico é o meio mais comum para a transmissão do agente etiológico entre espécies, “é dessa forma que o vírus se espalha ocorrendo assim amplificação devido à transmissão o que pode levar a uma epidemia ou até mesmo uma pandemia”, alertou infectologista.


Em relação às interfaces de transmissão de doenças de alto risco por vírus zoonóticos para o ser humano, o infectologista citou como exemplo o turismo global, comidas exóticas como consumo de carnes de caça, domesticação e interação com animais silvestres, e pelo transporte de pessoas e animais infectados por algum vírus etc. Por essa razão ele ressaltou ser essencial o conceito de saúde única, para que exista um equilíbrio entre saúde humana, saúde animal e saúde ambiental. “Espero que todos os Organismos Internacionais, Líderes Políticos Mundiais e cada cidadão lute para que a Saúde Única venha a se tornar realidade para as nossas e futuras gerações”.


Quanto aos cuidados com o Meio Ambiente, o consultor da SBI alertou sobre a importância de se cuidar do meio em que estamos inseridos, “mudanças climáticas e agressão ao meio ambiente estão entre as ameaças mais graves à humanidade. “Essa pandemia atual tem nos ensinado que cada cidadão e cidadã podem ajudar a minimizar os danos causados no meio ambiente. Espero que fique na memória da humanidade, o quão é importante vivermos harmonicamente com a natureza e os animais”, concluiu o médico da Sociedade Brasileira de infectologia (SBI).


Oportunidade de reflexão

Durante esse período de pandemia, a circulação de pessoas diminuiu significativamente com a decretação de lockdowns, isolamento e distanciamento social, empresas e indústrias precisaram suspender suas atividades e liberar o teletrabalho...o que chamou atenção para uma consequência inesperada para o meio ambiente: a diminuição da emissão dos gases poluentes, apontada no Relatório sobre a Lacuna de Emissões do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) da Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, segundo o documento divulgado em 2020, apesar da queda das emissões de dióxido de carbono decorrente dos efeitos da pandemia da COVID-19, o mundo ainda está longe de alcançar uma temperatura adequada já que o balanço feito pelo PNUMA também alerta para um aumento de temperatura superior a 3°C ainda neste século.


No balanço, a entidade apontou a necessidade de investimentos em ações para a melhoria climática, que incluem principalmente a recuperação do verde pós-pandemia que poderá reduzir até 25% das emissões esperadas para 2030, com base nas políticas em vigor antes da COVID-19.  O relatório destaca as principais  prioridades para a recuperação entre elas: o apoio direto a tecnologias e infraestrutura de emissões zero, redução dos subsídios aos combustíveis fósseis, barrar novas usinas de carvão e promover soluções baseadas na natureza incluindo a restauração de paisagens em larga escala e reflorestamento no geral.


Semana do Meio Ambiente 2021 do Tribunal Regional Federal da 1ª Região

Na linha da reflexão, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) e as Seções e Subseções Judiciárias vinculadas, por meio de seus Planos de Logísticas Sustentáveis, têm demonstrado a grande preocupação da Administração com a conscientização de seu corpo funcional e com a adoção de estratégias que contribuam para a preservação do Meio Ambiente, tudo alinhado ao Planejamento Estratégico do órgão.


Nos planos de logísticas instituídos pelo Tribunal estão inclusos a redução no uso de papel, copo descartável, água e energia elétrica e adoção de contratações sustentáveis, entre outros. “Para cada um deles há plano de ação composto de iniciativas, indicadores e metas a serem cumpridas”, explicou a presidente da Comissão Gestora do Plano de Logística Sustentável (PLS), Vanessa Rodrigues Barbosa Siqueira.


Para marcar a data em que se comemora o dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, o Tribunal, por meio do Grupo Executivo IV do Plano de Logística Sustentável (GEIV-PLS), promoveu três oficinas sustentáveis. A intenção do evento foi fazer com que os participantes ao mesmo tempo em que colocavam a mão na massa, com atividades práticas em suas casas, refletissem acerca dos efeitos da pandemia sobre as pessoas e a natureza.


Para que essa reflexão fosse ainda mais eficiente, o Tribunal lançou, de 24 a 28 de maio, pesquisa para conhecer os assuntos de interesse do corpo funcional e envolvê-los ainda mais na temática.


Entre os cinco temas apresentados, os colaboradores da 1ª Região votaram nos três que mais despertaram interesse: “alimentação saudável e sustentável”, com 73,8% dos votos; “horta caseira” com 71,8%, e “reaproveitamento de alimentos”, com 54,9%.


Com base nessas opiniões, o Grupo Executivo IV organizou uma programação especial focada no interesse do público. As atividades foram desenvolvidas entre os dias 21 e 25 de junho, uma semana inteira com eventos virtuais sobre temas sustentáveis.


Na abertura do evento ocorrido no dia 21 de junho com a Oficina de Aproveitamento Alimentar, a presidente da Comissão Gestora do PLS, Vanessa Rodrigues Barbosa Siqueira, falou do Plano e estimulou os participantes a conhecerem o PLS. “Só podemos seguir esse Plano com a ciência de todos e é importante que servidores e colaboradores saibam quais são as propostas do Tribunal para ações que garantam a sustentabilidade. É muito bom trabalhar em um lugar onde há uma preocupação com essa temática”, enfatizou.


Oficina de Aproveitamento Alimentar

Em seguida, Ana Martins Telles formada em gastronomia, com especialização em gestão de qualidade de alimentos iniciou a Oficina de Aproveitamento Alimentar. A especialista falou das possibilidades de aproveitamento, explicou que quando se entende a dimensão de alimentos é possível compreender como se cria uma cultura alimentar. “O que para uns é descarte para outros não é. Então o reaproveitamento é iniciativa que rende e é usar partes não convencionais como casca, talo, sementes. O objetivo é evitar o desperdício e essa semana do meio ambiente é bem propícia. Eu tento aproveitar ao máximo para não desperdiçar. É preciso planejamento e testes. Não deixar tanto os alimentos expostos à temperatura ambiente. Um dos benefícios do aproveitamento é ter uma comida mais saudável”, destacou.


Na oportunidade, a palestrante orientou sobre como aplicar o aproveitamento de alimentos. “Um caminho é escolher alimentos da estação, pois não precisa de tanta química já que ele nasce no período certo. Isso também gera consumo consciente. Produtos regionais também ajudam nesse ciclo, pois fortalecem a identidade. É importante também observar questões sobre o transporte do alimento, o armazenamento e a manipulação. No aspecto de aproveitamento, existem tantas receitas que podemos preparar sucos, bolos, caldos, condimentos. Dá para se fazer coisas maravilhosas”, explicou.


Horta Caseira: 

A segunda atividade ocorreu na quarta-feira, dia 23, com a Oficina de Horta Caseira ministrada pelo especialista em Gestão Ambiental Juarez Martins, que é formado em Gestão de Hortas Pedagógicas e em Políticas Públicas de Segurança Alimentar e Nutricional, além de pós-graduado em Cultivo Biodinâmico de Plantas Medicinais pela FioCruz. O especialista ensinou aos participantes as técnicas para cultivar uma horta em casa ou no apartamento de maneira fácil e sustentável.


No encontro, o gestor ambiental esclareceu as dúvidas sobre como combater os fungos das plantas, e ensinou como produzir nutrientes utilizando apenas casca de banana, borra de café e casca de ovo entre outros produtos orgânicos consumidos em casa.


Além disso, o palestrante explicou ser importante saber escolher o local ideal para manter essas hortaliças. Segundo ele, o ambiente precisa ser arejado, receber luz solar por no mínimo 4 horas e ser próximo de uma fonte de água para que essas plantas possam crescer saudáveis, livres das doenças e pragas.


O evento recebeu muitos elogios dos participantes:

“Foi incrível desde a mensagem inicial sobre a vida e nosso cotidiano no contexto do que a Terra nos oferece como importância fundamental na nossa sobrevivência e as superdicas de cultivos, adubos e combates às pragas foram impagáveis”, afirmou a servidora Nadja Almeida Caminha, da Assessoria de Relações Públicas e Cerimonial (Aresp).


A analista judiciária Cassia Alves dos Santos Ferreira, do Núcleo de Bem-Estar Social (Nubes) da Seção Judiciária de Minas Gerais, falou que vai aplicar todos os ensinamentos em sua horta, “adorei a oficina, vou aplicar todas as orientações recebidas hoje”.


Outra participante que também ficou com os olhos bem atentos às dicas do palestrante foi a técnica judiciária Janice Alves da Rocha Anastácio, lotada na Seção de Suporte Administrativo e Operacional (Sesap) da Subseção Judiciária de Patos de Minas. Para ela a oficina foi muito além do esperado. “Muitos ensinamentos para a vida; o Juarez fala com muito carinho e conhecimento e isso nos estimula e nos incentiva a plantar, cuidar, colher e repartir”, disse a servidora.


Alimentação Saudável e Sustentável: O último evento da Semana do Meio Ambiente aconteceu no dia 25, com a oficina sobre “Alimentação Saudável e Sustentável”, ministrado pela nutricionista do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), Mercia Cunha. Ela é especialista em Nutrição Infantil, Clínica Esportiva e Fito Funcional.


Na Live, ela fez três receitas low carb - aquelas que têm menos carboidratos na receita. A primeira foi uma torta de couve-flor, tomates picadinhos, creme de leite e queijos. Depois, um sorvete com banana e morangos congelados e, por fim, um bolinho de banana com aveia, cacau, uvas passas e outros ingredientes.


Na oficina, Mercia Cunha destacou que a alimentação saudável dura para sempre e a dieta tem prazo para começar e terminar. “Alimentação saudável é aquela que fornece todos os nutrientes fundamentais para o funcionamento do nosso corpo, como carboidratos, proteínas, fibras, sais minerais e vitamina. Ela tem uma relação direta com o bem-estar do corpo, da mente e do espírito”.


Ela também fez um alerta sobre  as dietas restritivas porque acredita que quando a pessoa come preocupada com as calorias que está consumindo, deixa de lado o prazer que aquele alimento proporciona. “Aquele momento da alimentação está sendo negligenciado. Não é só comer certo, tem que comer sentindo o alimento”, falou.


Por fim, a nutricionista falou de alguns alimentos saudáveis que devem ser incluídos nas refeições no dia a dia, como alimentos verde-escuros ricos em magnésio, linhaça e chia, que têm ômega 3, dão saciedade e deixam o sangue mais puro, a curcuma, um antidepressivo natural, usado em doenças crônicas, degenerativas e autoimunes, o gengibre, indicado para crises na garganta e tem ação descongestionante e a canela, usada para resistência à insulina e declínio hormonal.


Após a especialista concluir as dicas sobre alimentação saudável, a oficial de gabinete da Escola de Magistratura do TRF1, Caciane Barbosa de Oliveira Amaral Valente, uma das integrantes do GE PLS, informou que o Plano de Logística Sustentável do TRF1 vincula-se ao Planejamento Estratégico da Justiça Federal da 1ª Região.


“Durante essa semana, foram realizadas ainda as oficinas de Aproveitamento Alimentar e Horta Caseira. O objetivo com essas oficinas foi envolver o corpo funcional em práticas sustentáveis como parte da homenagem do Tribunal ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho” ressaltou a servidora.

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região

Praça dos Tribunais Superiores SAU/SUL 5 - Asa Sul, DF, 70070-900

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